A Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais cara, assumindo 12,5 euros por metro quadrado.
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Após se ter mantido inalterado no ano passado, o custo do arrendamento em Portugal subiu 0,9%, em janeiro, de acordo com o relatório mensal de arrendamento do portal imobiliário Idealista.
No final de janeiro do presente ano, arrendar casa no nosso país tinha um custo de 10,8 euros por metro quadrado, “tendo em conta o valor mediano”, explica o Idealista em comunicado. Segundo o relatório, o aumento do preço do arrendamento subiu de uma forma geral em todas as regiões, estando as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e o Alentejo a liderar a tabela.
Relativamente aos preços, e ainda de acordo com o relatório do portal imobiliário, a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais cara, assumindo 12,5 euros por metro quadrado, seguindo-se preços acima dos 9,2 euros no Algarve, Norte e Região Autónoma da Madeira. Em contrapartida, o Centro é a região mais barata, verificando 6,5 euros por metro quadrado, seguindo-se valores abaixo dos 7,2 euros na Região Autónoma dos Açores e no Alentejo.
O Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e o Novo Regime de Arrendamento Rural (NRAR), estabelecem que cabe ao Instituto Nacional de Estatística (INE) apurar o coeficiente de atualização anual de renda aplicável aos arrendamentos urbanos e rurais – o qual deve constar de aviso, a ser publicado em Diário da República até 30 de outubro de cada ano.
Em consequência do coeficiente de atualização aplicável a 2021 ter sido inferior a 1 (0,9997), o cenário possível para o ano passado seria o de uma descida das rendas, em caso de aplicação efetiva, ou de uma estagnação – que foi o caso. Já para 2022, o valor calculado foi superior a 1, pelo que é expectável um aumento do preço dos arrendamentos – embora pouco significativo.
Na rubrica do Dinheiro Vivo “Pergunte ao Advogado”, a CRS Advogados explica que este é o único fator que influencia o valor das rendas e permite a sua atualização anual (salvo se no contrato constar especificamente o aumento em determinada fase), e que, em alternativa, para o senhorio praticar outro valor fora do acordado, “terá de se opor à renovação do contrato nos termos legais, e, impedindo a renovação, iniciar novas negociações” com o mesmo ou outro arrendatário.
Conhecida a subida de preços para os consumidores em 2022, já era esperado o aumento das rendas em 0,43%, o que traduz um aumento de cerca de 43 cêntimos por cada 100 euros de renda.
Artigo publicado no Dinheiro Vivo.